QUEM SOMOS
O Mundo ESG representa a materialização de ideias, valores e propósitos de vida compartilhados por três ex-membros do Ministério Público que sempre utilizaram seus ofícios como ferramenta de transformação social.
Hoje, a frente da boa governança corporativa, do capitalismo consciente e do alinhamento dos interesses socioambientais e econômicos, seus mentores e fundadores têm como objetivo disseminar os valores da cultura ESG. Para isso, usam abordagens técnicas, cases de mercado e entrevistas com empresários e formadores de opinião que buscam em seus modelos de negócio incorporar uma cadeia que seja, ao mesmo tempo, produtiva e sustentável.
O Mundo ESG estimula e defende o poder da boa gestão para a implementação, a disseminação e a absorção da cultura de integridade e do respeito a todos os players interessados (stakeholders). Sua atuação pode se dar tanto pelo exemplo quanto pela conscientização e pela educação de todos os colaboradores e demais atores sociais.
Transparência, lealdade competitiva, inovação, meritocracia legítima, propósito, reputação, governança, compliance, sustentabilidade e responsabilidade social. Todos esses são os valores que movem nossa sociedade em direção a uma convivência íntegra e cada vez mais fraterna, próspera, justa e responsável.
Bem-vindo ao Mundo ESG!
E — ENVIRONMENTAL
O QUE É ENVIRONMENTAL?
Considerando a agenda mundial de preocupação com o planeta, a vida na Terra e a responsabilidade das gerações atuais diante do risco que as mudanças climáticas representam, o Mundo ESG apoia o desenvolvimento econômico e social em equilíbrio com a proteção e a preservação do meio ambiente, as partir do conceito de uma economia verde e circular focada no uso racional dos recursos naturais.
São ferramentas dessa estratégia a descarbonização da economia, a mudança da matriz energética mundial apostando no uso de fontes de energia limpas e renováveis, o gerenciamento de resíduos e efluentes especialmente focados em logística reversa eficiente, tudo com uma pegada de inovação, já que o desenvolvimento da tecnologia pode ajudar decisivamente na construção de uma economia mais limpa, compatível com a proteção do planeta e da vida na Terra.
Há um bom tempo organizações globais vinham discutindo temas como esses e alternativas para priorizar os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), até que o Acordo de Paris, em 2015, ressaltou, de forma alarmante, os efeitos catastróficos das mudanças climáticas e a responsabilidade que os países têm de reduzir as emissões de carbono.
Em 2016, Laurence Fink, CEO da Black Rock, uma das maiores companhias do mundo de gestão de investimentos, começou a compartilhar com as empresas sua visão sobre a importância da sustentabilidade em cada agenda, até que em 2019 redigiu uma carta para cotistas, investidores e parceiros discorrendo sobre as principais tendências no mercado de investimentos.
Desde então, o mercado financeiro começou a ficar atento aos efeitos deletérios das mudanças climáticas na economia, enquanto empresas alinhadas aos critérios ESG vêm obtendo resultados financeiros cada vez melhores.
Antes dessa virada, o mundo observava um enorme descompasso entre os “discursos de propósito” e as “condutas sustentáveis”. Esse descompasso era protagonizado por empresas que relacionavam a sustentabilidade muito mais ao marketing e ao fortalecimento de suas marcas do que a ações concretas. Hoje já se pode observar em diversas pautas como a agenda ESG está no centro das atenções de investidores.
A sustentabilidade se tornou palavra de ordem. Primeiro por uma mudança de cultura intergeracional, representada pela exigência de valores corporativos dos novos consumidores das gerações X, Y e Z e pela mudança do mindset dos novos tomadores de decisão em cargos executivos relevantes, uma vez que os millenials já estão em posições de liderança. A intersecção de interesses dos novos consumidores com os novos tomadores de decisão forma a população economicamente ativa que exige propósito das companhias onde trabalham como fator decisivo de permanência em seus quadros. Assim, a retenção migrou do finance para o purpose.
A agenda da sustentabilidade passou a ser decisiva, ocupando lugar estratégico em conselhos, penetrando as discussões de planejamento estratégico, orçamento, matriz de riscos e parcela da remuneração da administração em grandes empresas que mantêm os olhos firmes no futuro. Grandes investidores institucionais passaram a contemplar critérios socioambientais na alocação de recursos, e a taxa de juros para quem tem compromissos claros pode ser inclusive mais atraente. A transformação ocorre em todos os setores e espalha-se por diversas frentes (ESG widespread).
Nessa direção, o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) começou a ganhar mais força, enquanto o número de signatários do código de sustentabilidade dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) vem crescendo continuamente.
“Hoje, para atender os três pilares ESG, empresas se deparam com um enorme desafio. E é certo que o mercado se identifica cada vez mais com uma cadeia produtiva que favoreça a sustentabilidade para gerar um mundo ecologicamente correto, socialmente justo, economicamente viável e culturalmente coeso em torno do compromisso global de cuidarmos do planeta e das pessoas, contribuindo tanto individual quanto coletivamente (enquanto sociedade, Estado ou empresas).
FABIO GALINDO
Fabio Galindo Silvestre
Co-CEO do Future Carbon Group.
Ex-presidente do Conselho de Administração das Águas do Rio (Rio 1 e Rio 4) e membro independente do Conselho de Administração da Aegea Holding.
Ex-Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais.
Ex-Secretário de Estado de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso.
Ex-Subcorregedor Nacional do Ministério Público.
Especialista em Inteligência de Estado e Inteligência de Segurança Pública pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
Certificado nos Cursos de Justice & Government, pela Harvard Law School, de Constitucional Law, pela Stanford University, e de Legal Risk Management, pela Boston University.
S — RESPONSABILIDADE SOCIAL
O QUE É RESPONSABILIDADE
SOCIAL PARA O MUNDO ESG?
A responsabilidade social corporativa consiste em promover o bem-estar de colaboradores (público interno), consumidores e dos membros da comunidade onde a organização está inserida. Esse objetivo se estende à sociedade como um todo, por meio de ações voluntárias que ultrapassam o escopo econômico e a obrigação legal da empresa visando gerar benefícios que favoreçam a todos.
É a capacidade de escuta ativa das preocupações e dos interesses de diferentes públicos da sociedade civil, incluindo consumidores e stakeholders (acionistas, colaboradores, parceiros de negócios e administração pública). A partir dessa escuta, valores são incorporados ao planejamento estratégico das atividades da empresa com o fim de atender demandas tanto de acionistas e proprietários como da coletividade. O resultado do investimento no progresso social é traduzido em diferencial competitivo sustentável e numa estratégia organizacional de crescimento econômico a longo prazo.
É socialmente responsável empresa que:
– pratica recrutamento responsável, com observância da diversidade e da inclusão, refletindo no seu quadro de funcionários a diversidade étnica, de gênero, de religião e de orientação sexual, sem discriminar os grupos minoritários, que comumente se encontram em situação de desvantagem no mercado de trabalho;
– oferece boas condições de trabalho, investindo em saúde, segurança e bem-estar do trabalhador, independente das obrigações legais;
– repudia e combate o trabalho infantil, o trabalho análogo à escravidão, a exploração de migrantes e todos os modelos que transgridam as normas legais estabelecidas;
– contribui para o desenvolvimento da comunidade onde está inserida, abrangendo as dimensões econômica, social, cultural e política
“ Responsabilidade social corporativa é apurar o olhar para além do propósito econômico. É focar no compromisso permanente do exercício da empatia, da solidariedade, da justiça social, do respeito aos Direitos Humanos. E fazer isso de forma genuína e coerente, buscando a transformação social e econômica para alcançar uma sociedade na qual o bem-estar seja para todos. É o contínuo e permanente exercício do relacionamento saudável, ético e transparente com todos os seus stakeholders (acionistas, colaboradores, prestadores de serviço, fornecedores e consumidores), mantendo-se sempre alinhada aos valores aspirados pela sociedade.
YOON JUNG KIM
Yoon Jung Kim
Advogada. Ex-Diretora de Integridade Corporativa da Aegea Saneamento e Participações S.A. e ex-Diretora Jurídica da Águas do Rio.
Ex-Promotora de Justiça do Estado de São Paulo.
Certificada no US and International Anti-Corruption Law Program, pela American University – Washington College of Law (EUA).
Certificada pela APMG International (Certified Public-Private Partership Foundation).
G — GOVERNANÇA CORPORATIVA
O QUE É GOVERNANÇA PARA
O MUNDO ESG?
Mais do que promover iniciativas sustentáveis e ações de responsabilidade social, a governança corporativa diz respeito à forma como as empresas são geridas e com que finalidade. Corresponde, assim, às práticas, aos processos, aos costumes, às políticas e aos regulamentos que uma empresa utiliza para desenvolver suas estratégias e políticas.
O objetivo central da governança corporativa, em síntese, é inspirar confiança em todos os stakeholders ligados à empresa – colaboradores, acionistas, investidores, parceiros comerciais e consumidores. Esse modelo busca assegurar que o comportamento e as ações dos executivos sempre estejam alinhados às informações repassadas com total transparência ao mercado .
A governança corporativa também identifica quem tem poder, quem tem responsabilidade e quem toma decisões, ou seja, quem dá exemplo para todos os demais segmentos da organização. Por isso, é impossível falar na existência de condições mínimas para o bom e adequado exercício da governança sem que profissionais verdadeiramente íntegros e qualificados façam parte da alta administração da empresa.
É, em essência, um instrumento que permite à diretoria executiva e ao conselho de administração lidar de forma mais eficaz com os desafios de administrar uma organização com efetividade e lucratividade, sempre à luz de seus propósitos e preservando sua reputação. É por essa razão que a governança corporativa abrange todos os processos que definem os objetivos que uma empresa tem e se empenha para manter no contexto ambiental, social, regulatório e de mercado.
“ O contexto atual vincula diretamente a boa governança corporativa ao desenvolvimento econômico sustentável. Afinal, não há dúvida de que a partir de sua aplicação são alcançadas melhorias para as empresas e também para a sociedade como um todo. É a força dessa crença que impulsiona todas as atividades do Mundo ESG!
MARCELO ZENKNER
Marcelo Zenkner
Sócio do Escritório TozziniFreire Advogados – SP. Ex-Diretor de Governança e Conformidade da Petrobras.
Ex-Promotor de Justiça do Estado do Espírito Santo.
Ex-Secretário de Controle e Transparência do Estado do Espírito Santo.
Sócio fundador do Instituto IGIDO.
Mestre em Direitos e Garantias Fundamentais pela FDV – Faculdade de Direito de Vitória e Doutor em Direito Público pela Universidade Nova de Lisboa (Portugal).
Membro do Conselho Consultivo de Ações Coletivas da Rede Brasil do Pacto Global da ONU e consultor da Comissão Permanente de Governança e Integridade da OAB de São Paulo.