BUZZWORDS

  1. Alfa nos investimentos: indicador que indica a capacidade de um investimento render lucros acima do esperado no mercado, ou seja, supera a expectativa de rendimento prevista.
  2. Antifragilidade: capacidade de uma pessoa ou de um negócio em aceitar e aprender a conviver com as crises e situações inesperadas, além disso, de sobressair delas em uma versão aprimorada.
  3. Beta nos investimentos: indicador utilizado para aferir os riscos sistemáticos de um ativo com base no comportamento do mercado.
  4. Blue bonds: são títulos de dívida azuis (ativo financeiro) destinados exclusivamente à proteção dos oceanos.
  5. Boards: termo que representa o conselho de administração de uma empresa, uma espécie de colegiado que busca alinhar os interesses dos acionistas à gestão executiva.
  6. Capitalismo Consciente: nova filosofia de negócios refletida num sistema de capitalismo que cause impactos positivos voltados à humanidade e ao meio ambiente.
  7. Capitalismo do Stakeholder: negócios voltados à satisfação de todos aqueles que possuem ligação direta ou indireta com a organização (consumidores, colaboradores, fornecedores, acionistas e comunidade) e que dependem do seu bom desempenho e não apenas os acionistas (shareholders).
  8. Check the box: prática relacionada ao mero cumprimento de uma lista de afazeres (marcar a caixa) ou uma simples seleção de itens (box checking).
  9. Cisne Negro: eventos que estão além da nossa capacidade de previsão e que causam grande transformação social.
  10. Cisne Verde: refere-se ao cenário de uma crise financeira causada pelas mudanças climáticas.
  11. C-level: representa a alta administração (chiefs) das organizações. Por exemplo, chief executive officer, chief financial officer, chief information officer e chief operating officer.
  12. Economia circular: nova maneira de consumir, em que não existe a ideia de resíduo, gerando um círculo de reaproveitamento, ou seja, a cadeia produtiva é cíclica.
  13. Economia Verde: conceito que busca aliar o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente.
  14. Externalidades dos negócios: são os efeitos sociais, econômicos e ambientais gerados pelos negócios, que podem ser positivos ou negativos.
  15. Filantropia: termo ligado ao conceito de assistencialismo, doação e caridade, sem esperar nada em troca.
  16. Finanças Sustentáveis: utilização, pelos bancos, dos recursos obtidos por meio de financiamentos e títulos de crédito em iniciativas socioambientais.
  17. Framework de investimento: é um conjunto de informações disponíveis capazes de direcionar os investidores à tomada de decisão sobre seus investimentos.
  18. Fundos de impacto: união de vários investidores que possuem como objetivo gerar impacto positivo social e ambiental por meio de seus investimentos.
  19. Geração millennial: pessoas nascidas entre os anos de 1981 e 1998.
  20. Great Reset: ou “grande reinicialização”, é uma proposta oriunda do Fórum Econômico Mundial, de planejamento econômico para reconstruir toda a economia de forma sustentável.
  21. Imperativo dos negócios: tendência como caminho percorrido por grande parte do mercado e que se torna imperativo ou mandatório para os demais negócios como fator de sobrevivência.
  22. Investidores institucionais: distinção atribuída aos investidores pela sua capacidade financeira, como as instituições financeiras e as empresas estatais de grande porte.
  23. Investimento de impacto: é o investimento direcionado à sustentabilidade, aos impactos ambientais e sociais positivos.
  24. KPI’s: key performance indicator (indicador-chave de desempenho) é uma forma de aferir se determinada iniciativa está, de fato, cumprindo o objetivo para o qual fora destinada.
  25. Lobby: pressão ou influência exercida por uma pessoa ou por um grupo em benefício de seus interesses.
  26. Nova Economia: remete à ideia de transição; nesse caso, do velho paradigma para o novo – capitalismo consciente.
  27. Paradigma: algo que serve como modelo, exemplo ou padrão.
  28. Planejamento estratégico: atividades de negócios pensadas, estrategicamente, a longo prazo, considerando os objetivos e metas.
  29. Práxis: atividades, práticas, ações voltadas a certa finalidade.
  30. Profits plus purpose: gerar lucros calcados em propósitos.
  31. Rentabilidade: é um indicativo de sucesso de determinado investimento econômico.
  32. Reset do Capitalismo: ressignificação do capitalismo e tudo que o envolve; atividade econômica baseada em propósito e impactos positivos na sociedade e no meio ambiente.
  33. Revolução industrial verde: plano de origem britânica que objetiva a neutralização de emissão de carbono até 2050.
  34. Riscos: são probabilidades de determinados eventos, que representam impactos negativos, acontecerem.
  35. Shareholder: são os acionistas e os proprietários.
  36. Social bonds: são títulos de dívida sociais (ativo financeiro) destinados exclusivamente às causas relativas à problemática social.
  37. Stakeholder: todas as partes ligadas, interessadas ou que sofrem os efeitos do negócio.
  38. Status quo: refere-se ao ‘estado das coisas’; remete à ideia de estado de origem, antes de determinada mudança ou alteração.
  39. Sustainability bonds: são títulos de dívida (ativo financeiro) destinados não apenas a causas sociais ou ambientais, mas podendo ser para ambos. Imaginemos uma interseção, de um lado as causas sociais, de outro ambientais e no centro os títulos voltados às práticas sustentáveis sob a ótica social e ambiental.
  40. Sustainability-linked bonds: são títulos de dívida (ativo financeiro) destinados à sustentabilidade genericamente.
  41. Tecnologia limpa: uso da tecnologia como ferramenta que viabiliza novas formas de usar os recursos naturais, por exemplo, energia eólica e solar.
  42. Trade-off: consiste na escolha de uma opção em detrimento de outra.
  43. Venture no capital: conhecido também como capital de risco, consiste em investir em empresas de pequeno e médio porte que possuem alto potencial de crescimento.
  44. Head de ESG: Nada mais é que alguém responsável, um chefe, do setor de sustentabilidade voltada ao ESG em uma organização (se essa organização possuir esse setor).
  45. Matriz de materialidade: é o modo pelo qual as empresas colocam seus principais temas relativos à sustentabilidade, em matrizes, gráficos. Possibilita visão direcionada e ao mesmo tempo ampla de todos os principais fatores de sustentabilidade.
  46. Pratique ou explique: iniciativa conjunta (ONU e GRI) em que  visa estimular transparência por meio dos relatórios de sustentabilidade, sendo que as organizações que não emitem esse relatório, devem explicar o porquê de não o fazerem.
  47. Tokenismo: trata-se de uma prática baseada num esforço superficial ou simbólico, que visa atribuir mera aparência sobre algo que não o é de fato. Ex. empresa se diz diversa e inclusiva, mas não se preocupa com todas as questões que envolvem a real implementação dessa cultura. Conhecido também como “marketing de falsa inclusão”.
  48. Indústria 4.0: termo utilizado para se referir ao que há de mais moderno dentro do mundo tecnológico, sendo tratado como sinônimo do termo “Quarta Revolução Industrial”. Ex. internet das coisas e inteligência artificial.
  49. International stress management association – ISMA: A International Stress Management Association – ISMA é uma associação de caráter internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de stress no mundo.
  50. Organização internacional do trabalho – OIT: É uma agência internacional voltada à especialização em questões trabalhistas.
  51. SPICE: Modelo “humanitário” de conduzir os negócios em que a sociedade (society), os parceiros de negócios (partners), os investidores (investors), clientes (customers), funcionários (employee) e o meio ambiente (environment) estão no centro da preocupação dos gestores.
  52. Burnout: É uma síndrome causada pelo estresse crônico, prejudicando aspectos físicos e emocionais de uma pessoa.
  53. Chapter zero: É um movimento empresarial global de iniciativa do World Economic Forum que visa estabelecer discussões sobre os desafios da mudança climática em meio aos conselhos de administração e membros do corpo empresarial.
  54. Climate Governance Initiative – CGI: Iniciativa que visa o empoderamento dos boards a se engajarem, efetivamente, em um debate estratégico sobre o desafio climático.
  55. Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS: é uma associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável por meio da articulação junto aos governos e a sociedade civil, além de divulgar os conceitos e práticas mais atuais do tema.
  56. Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN: É a principal entidade representativa dos bancos brasileiros.
  57. Carbon disclosure project – CDP: É uma organização internacional, sem fins lucrativos, que auxilia as empresas a divulgarem seus impactos ambientais.
  58. B3: Bolsa de valores brasileira.
  59. ISE B3: índice de sustentabilidade empresarial, que possibilita análise comparativa das empresas listadas na Bolsa de Valores.
  60. Ibovespa: principal índice da B3 e calcula a média de desempenho de uma carteira com as principais ações negociadas na bolsa.
  61. PREVIC: Superintendência Nacional de Previdência Complementar. O PREVIC é o órgão responsável pela supervisão dos fundos de pensão.
  62. SUSEP: Superintendência de Seguros Privados. O SUSEP é uma autarquia federal responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.
  63. Dashboard: É uma espécie de planilha que auxilia a gestão de informações e o acompanhamento de indicadores, métricas e dados.
  64. Benchmarking: processo de avaliação de uma empresa em comparação com outra.
  65. Green finance: é uma forma de investimento socialmente responsável.
  66. Taxonomia: termo emprestado da biologia e que representa um conjunto de classificações técnicas.
  67. Falhas de mercado: situações em que há desequilíbrio entre demanda e oferta, acarretando mais custos do que bem-estar social.*
  68. Poder de mercado: capacidade de uma empresa de gerar preços acima do que ela conseguiria em condições de concorrência perfeitas.
  69.  Zeitgeist: de modo grosseiro, é o espírito do tempo ou sinal dos tempos, que corresponde a uma série de elementos que formam o ambiente cultural e intelectual de determinada época. Importante ferramenta para nos ajudar a entender as tendências contemporâneas.
  70. Blockchain: é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet, sendo a criptomoedas uma das suas aplicações.
  71. ReciChain: tecnologia baseada na blockchain para a economia circular.

 

IBGC:

  1. Business as usual (BAU): Condução dos negócios e operações de modo convencional, usualmente aceitos,como sempre foi feito. A adoção da agenda ESG e a construção de negócios sustentáveis requerem inovação, flexibilidade e transformação dos modelos tradicionais de operação, em oposição ao business as usual.
  2. Cadeia de valor: O conceito criado por Michael Porter, em 1985, organiza o conjunto de atividades que agregam ou subtraem valor para uma organização e os seus públicos. Inclui desde a concepção de produtos e serviços, a aquisição de matérias-primas, as relações com fornecedores e prestadores de serviços, a produção, comercialização, entrega, e o uso de produtos e serviços por consumidores e clientes. A cadeia alcança, ainda, a fase de pós-consumo. Esse olhar vem evoluindo para uma visão circular e regenerativa, com processos produtivos que se retroalimentam e insumos utilizados por vários ciclos de vida.
  3. Cultura organizacional ou corporativa: Conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos por meio de normas, valores, atitudes e expectativas, compartilhados por todos os membros da organização. A cultura espelha a mentalidade que predomina em uma organização.
  4. Economia circular: A economia circular ressignifica o modelo produtivo linear, dependente da extração contínua e crescente de matérias-primas. No conceito, a atividade econômica integra os ciclos de produção, uso e reúso dos insumos baseados em três princípios: eliminar resíduos e poluição do sistema; manter produtos e materiais em uso; e regenerar sistemas naturais. A economia circular repensa e redesenha a forma de produzir, mudando de uma lógica de produtos (“ter”) para uma lógica de serviços (“usar”).
  5. Economia verde: Reflete uma economia pautada no uso sustentável da biodiversidade e no fomento à bioinovação.
  6. Externalidades: Consideram os efeitos e resultados das decisões de uma organização e suas atividades que geram benefícios (externalidades positivas) ou impõem custos ou danos (externalidades negativas) a terceiros que não participaram ou influenciaram na decisão ou relação contratual estabelecida, voluntariamente ou não.
  7. Greenwashing: Pode ser definido como lavagem ou maquiagem verde, é a prática de camuflar, exagerar, omitir ou mesmo mentir sobre os impactos de atividades, produtos ou serviços de uma empresa no meio ambiente.
  8. Licença social ou licença para operar: Também conhecida como licença social para operar (LSO), não é um termo regulatório ou baseado em legislação. Ela envolve a percepção positiva sobre a reputação e a aceitação contínua do desenvolvimento das operações de uma organização pelas comunidades locais e demais partes interessadas envolvidas e/ou impactadas. A obtenção da LSO não ocorre por meio de um rito formalizado, tampouco é concedida por meio de um documento formal. Trata-se de um ativo intangível, resultado de uma estratégia que se inicia a partir de uma avaliação dos impactos socioambientais do modelo de negócio. A sua manutenção pressupõe um adequado diálogo e avaliações contínuas, que permitam a geração de valor compartilhado de curto, médio e longo prazo.
  9. Serviços ecossistêmicos: São os efeitos gerados pelo meio ambiente, benefícios indispensáveis para a qualidade de vida e para a economia, como regulação do clima, polinização, fertilidade do solo, disponibilidade hídrica, ventilação, qualidade do ar, controle de erosão da terra e fornecimento de fibras e outros materiais.
  10. Stakeholder (partes interessadas): Em português, as partes interessadas referem-se aos públicos com os quais a organização se relaciona ou têm interesses pertinentes à companhia. São exemplos desses públicos: acionistas, colaboradores, comunidades do entorno, fornecedores, clientes e consumidores, governos, organizações não governamentais, entre outros.
  11. Terceiro setor: Conjunto de organismos, organizações ou instituições sem fins lucrativos, por vezes referidos como Organizações da Sociedade Civil (Oscs) ou Organizações Não Governamentais (Ongs), dotados de autonomia e administração própria, que apresentam como função e objetivo principal atuar segundo finalidades de interesse público.
  12. Títulos verdes: Também conhecidos como green bolds, sustainability linked-bonds, entre outras nomenclaturas, são títulos de dívida utilizados para captar recursos no mercado. Essa captação é vinculada a objetivos e metas que gerem benefícios ambientais e/ou sociais e, por essa razão, conta com valores diferenciados. Esses compromissos precisam ser comprovados ao fim do período pela organização beneficiada.
  13.  Valor compartilhado: O conceito de Michael Porter e Mark Kramer (2011) descreve valor compartilhado como a geração de valor econômico que também cria valor para a sociedade, defendendo que os resultados de uma organização empresarial devem andar junto com os benefícios sociais.
  14. Visão sistêmica: Trata-se da capacidade de avaliar e compreender os negócios de modo abrangente, incluindo toda a cadeia de valor e suas relações de interdependência.